19 de Abril
Desde 1944, o Brasil comemora o
Dia do Índio com solenidades, atividades educacionais e divulgação da cultura
indígena. Mas para quê? Qual é a finalidade das comemorações?
Muitas escolas de Educação
Infantil e Ensino Fundamental fazem com seus alunos adereços indígenas, pintam
seus rostos, cantam suas músicas.
E na Universidade, o que estamos
fazendo para refletir sobre esse dia?
Qual é a finalidade das
comemorações? Muitas escolas de Educação Infantil e Ensino Fundamental fazem
com seus alunos adereços indígenas, pintam seus rostos, cantam suas músicas. E
na Universidade, o que estamos fazendo para refletir sobre esse dia?
A distribuição das terras
indígenas ainda é um dos grandes problemas enfrentados por eles. A terra de seu
povo não é apenas suporte para a vida material, meio de subsistência ou fator
de produção, mas também referencial a seu mundo simbólico. Todas as dimensões
da vida de um povo indígena têm por base seu território físico.
Assim como a terra, a cultura de
um povo é um código simbólico, compartilhado por todos os homens, mulheres e
crianças do mesmo grupo social.
É por meio da cultura que todas
as pessoas atribuem significado ao mundo e às suas vidas, pensam suas
experiências diárias e projetam seu futuro.
Há muitas décadas os índios têm enfrentado
o desafio de sobreviver de acordo com suas tradições, interagindo com a
sociedade brasileira. Vêm selecionando e incorporando a sua cultura e valores
às novas necessidades dessa relação.
Os povos indígenas vivem o tempo
presente e constroem o futuro de seus filhos, na certeza de que ações políticas
e ideológicas voltadas para os problemas gerais dos índios estão sendo
unificadas e que suas reivindicações serão ouvidas, protegidas e respeitadas.
O que nós desejamos, enquanto
Pastoral Universitária e Escolar, aqui na Universidade Metodista de São Paulo,
é que a vida plena que Jesus Cristo prometeu a todos os seus filhos, seja
também contemplada por nossos irmãos índios e que cada um de nós possa refletir
sobre a forma de encaminhar a ação indigenista e, principalmente, busquemos
condições de discuti-la de maneira mais eficaz com os principais interessados –
os índios.
Fonte: www.museudoindio.org.br
Dia do Índio
19 de Abril
Quando os portugueses chegaram ao
Brasil em 1500, encontraram uma natureza exuberante e um povo nativo muito
diferente do europeu.
Como acreditavam ter chegado à
Índia, que era o destino de sua viagem, apelidaram este povo de Índio. Para os
colonizadores europeus, todos os nativos eram índios.
Essa generalização proposital
favoreceu a dominação destes povos. Na verdade existiam muitas nações, etnias e
grupos diferentes.
Estes grupos formavam um universo
completamente heterogêneo, disputavam territórios, e possuíam cultura e idiomas
próprios.
No início, os europeus se
aproveitaram desta diversidade e usaram o índio como aliado. Porém, logo
decidiram torná-lo escravo e, nesta luta, inúmeras populações foram
praticamente dizimadas.
Segundo a Fundação Nacional do
Índio (FUNAI), no Brasil vivem hoje cerca de 345 mil índios, distribuídos entre
215 sociedades indígenas. Estes números representam cerca de 0,2% da população
brasileira.
Estes dados referem-se apenas
àqueles indígenas que vivem em reservas. De acordo com a FUNAI, há estimativas
de que um número entre 100 e 190 mil, vivam hoje fora das aldeias indígenas,
inclusive em áreas urbanas. Há também indícios da existência de aproximadamente
53 grupos ainda não contatados.
O Dia do Índio foi instituído em
1940, durante o I Congresso Indigenista Interamericano, no México. No Brasil, a
data passou a valer a partir de 1943, por decreto do então presidente Getúlio
Vargas, depois da insistência do Marechal Cândido Rondon, um dos primeiros a se
preocupar com esta questão no país.
A realidade indígena hoje é
diferente de quando eles eram os donos desta terra. Obrigados a viver em áreas
cada vez menores, os índios foram, gradativamente, perdendo seus hábitos e
costumes.
O contato com o homem branco
contribui para esta aculturação, além de trazer doenças e outros males para
dentro das aldeias. Muitos índios buscaram fugir da miséria migrando para os
grandes centros urbanos. Mas, vítimas de preconceito e sem conseguir se
integrar, transformaram-se em indigentes.
Um triste jogo de palavras que em
nada lembra os tempos gloriosos de guerreiros e caçadas.
http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/indios-brasileiros/dia-do-indio.php
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