Pular para o conteúdo principal

Exposição "A Arte das Figureiras e dos Mestres da Terra"

Figura: Roberto Okinaka e a equipe do Museu AfroBrasil responsáveis pela organização da exposição.

Durante o mês de Dezembro, o Museu Histórico e Pedagógico "Prof. Flávio da Silva Oliveira" recebe a exposição itinerante "A Arte das Figureiras e dos Mestres Terra", organizada pelo Museu AfroBrasil.
Cerâmicas de diversas regiões brasileiras demonstram elementos da arte popular e levam o público visitante a refletir sobre as diferenças e riquezas culturais presentes no cotidiano.
Tratam-se de temas como o casamento, o aleitamento materno, o futebol, o carro popular, a campanha político, os cangaceiros do sertão e a religião.
O ritmo acelerado da vida contemporânea distancia as pessoas do prazer da contemplação sobre as situações triviais do dia-a-dia. Desta forma, torna-se necessário uma escultura em argila para relembrar que é cultural jogar futebol, casar com vestido de noiva e terno, montar um presépio, andar de carro, cultuar os heróis e assistir a um comício.
Nomes consagrados da arte popular - Nena, Manuel Eudócio, Mestre Vitalino, entre outros - estão à disposição do público, que já ultrapassa a casa dos 300 visitantes.
Assim, o Museu Histórico e Pedagógico "Prof. Flávio da Silva Oliveira" agradece aos responsáveis por este acontecimento: Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo, Sistema Estadual de Museus (SISEM), Museu AfroBrasil e Prefeitura Municipal de Porto Ferreira.
Figura: Alunos da EMEF Sud Mennucci em visita à exposição.


Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Obras de Antonio Paim Vieira pertencem ao patrimônio histórico de Porto Ferreira

Antonio Paim Vieira Um provérbio chinês diz que “os anos ensinam coisas que os dias desconhecem”. Quantos de nós, ferreirenses, cruzaram a Praça “Paschoal Salzano”, na Vila Santa Maria, sem perceber, naquele lugar, uma preciosidade da arte brasileira: um painel de azulejos pintado por Antonio Paim Vieira. Mas quem foi ele e qual a sua relevância para o cenário artístico nacional? Antonio Paim Vieira (1895-1988), paulistano, desenvolveu um amplo e representativo trabalho artístico, abrangendo os campos da pintura, da cerâmica, da decoração e da docência - como professor de História da Arte e de Decoração. Embora não fosse um modernista, participou da Semana de Arte Moderna de 1922, com uma exposição por ele denominada “umas formas extravagantes traçadas no papel”, juntamente com os renomados Mario de Andrade, Manuel Bandeira, Oswald de Andrade, Victor Brcheret, Anita Malfatti, Di Cavalcanti, Heitor Villa-Lobos, Yan de Almeida Prado, que providenciou, às pressas, as molduras ...

O FANTÁSTICO MUNDO DE RODRIGO GODÁ

Em fins do mês de setembro de 2013, esteve em Porto Ferreira , na fazenda Rio Corrente, o artista plástico Rodrigo Godá. Em uma entrevista agradável, Godá partilhou características da sua vida, as quais permitem compreender melhor o seu trabalho.    Nascido no ano de 1980, em Goiânia (GO), Godá morava em um bairro muito simples de casas humildes suburbanas. A liberdade presente na infância vitaminou a criatividade do menino: pela manhã, desvendava com os colegas o desconhecido das matas; à tarde, os meninos interagiam com as peças sucateadas de um antigo “ferro-velho”, construindo histórias, brincadeiras e aventuras. Entretanto, a infância ainda sobrevive, num processo semelhante aquela estória de que o mundo da fantasia somente existirá enquanto as crianças nele acreditarem. Godá ressuscita a infância constantemente através de suas obras de arte. Aprendeu a valorizar e a resgatar os frutos da sua vivência, pois, declarou que a essência do seu trabalho é a memória. O c...

A POLICULTURA NA FAZENDA RIO CORRENTE EM PORTO FERREIRA

Assis Chateaubriand e Edmundo Monteiro no algodoal da Rio Corrente CARACTERÍSTICAS GERAIS DO CULTIVO NAS PROPRIEDADES RURAIS DO BRASIL             A policultura é o cultivo de várias espécies agrícolas ou animais em uma mesma propriedade. Ao retratar a história brasileira geralmente é trabalhado o contexto histórico do principal produto cultivado nas fazendas, como o café e a cana-de-açúcar e ficam esquecidas as outras culturas da propriedade rural (milho, arroz, feijão), necessários para a subsistência dos patrões e trabalhadores e abastecimento do mercado interno.             Pesquisas apontam que o “plantation” (produção de monocultura em latifúndios) no Brasil colônia também possuía espaços reservados a “brecha camponesa”, espaços reservados na fazenda para que o escravo cultivasse alimentos para consumo próprio, podendo vender o excedente. Assim, havia uma moe...