No dia 12 de agosto de 1968 a minha genitora,
dona Maria Pereira Tangerino de Oliveira, completaria 41 primaveras no jardim
da vida, e o meu pai, Benedicto Osório de Oliveira, 53 no dia 17.
Nesse dia que era uma segunda
feira, levantei costumeiramente no horário de sempre, tomei um café reforçado e
fui para o trabalho, na época trabalhava na empresa GEL Ltda. -
"Continental Discos" e ao chegar à empresa fui marcar o cartão de
ponto, eis que o porteiro aproxima-se e me dá à triste notícia de que meu pai
tinha falecido. Não estávamos esperando por isso afinal tínhamos esperança de
que era algo corriqueiro, em breve voltaria ao nosso convívio, ao nosso lar.
Após receber a informação fiquei
sem rumo, não conseguia raciocinar. De volta pra casa, peguei um taxi na
Avenida do Estado, bem próximo da Mesbla e rumei para o Jardim Botucatu.
No caminho lembrei-me do que o
meu pai havia falado para nós, no horário em que visitamos lá no Hospital
Municipal do Servidor Publico. Disse ele: “a morte vem pelos pés”. Disse isso
em razão de sentir os pés e as pernas um tanto geladas, que solicitou a
enfermeira uma bolsa de água quente.
Outro fato foi que o meu amigo
Jairo Ignácio Franco um dia antes do falecimento se propôs a orar para o meu
pai, o amigo era evangélico, aceitei de pronto, enfim orações são sempre
bem-vindas, nos confortam espiritualmente, aliviam-nos a alma.
O meu amigo dizia que nós seres
humanos temos o habito de nos apegarmos a bens materiais e por isso sofremos
muito na hora da partida, e que muitas pessoas vegetam, sendo que não podemos
fazer nada, aliás, podemos simplesmente rezar para aquela pessoa que está
enferma sem possibilidades de recuperação.
Chego à minha residência, abro o
portão e vejo a minha mãe preparando o almoço no fogão de lenha, me dirigi a
ela e comuniquei o que tinha acontecido, estava eu preocupado, pois não sabia
qual seria a reação.
No momento que dei a notícia ela
estava sozinha, os irmãos estavam todos trabalhando, só me restou nos
abraçarmos mutuamente e tentar superar o que era difícil de superar. Horas
depois a solução foi pegar os documentos e providenciar o funeral.
“E aí meu pai já não cantava mais
as musicas do “Zé Carreiro e Carrerinho”, tempos em que morou em Porto Ferreira”.
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