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MALAMAM E CIDO BRUNO


Malamam - Cido Bruno
"jade" cachorrinha 


CASA PAU-A-PIQUE 

MALAMAM E CIDO BRUNO
CONTANDO CAUSOS

Os dois amigos “Cido Bruno” e “Toninho Malamam”, ambos aposentados, de longa data, logo cedo ficam ali sentados na escadinha da loja da esquina. Os dois vivem relembrando as histórias dos tempos da juventude. E a cada momento vão  chegando mais gente, e acaba sendo um local improvisado dos “Contadores de causos”. O cachorro por nome de "Jade" ao lado já sabedor de todos os causos, dos dois amigos, bocejou e dormiu. Expressou o cachorrinho antes de cair num sono profundo: não aguento mais ouvir histórias pra boi dormir.
Passando por ali, logo que me viram o “Cido Bruno”, disse uma história sobre uma  casa de pau-a-pique que ele ajudou a construir no bairro rural da Fazendinha, casa essa que pertenceu ao Sr. Joaquim Tangerino. Dizia ele que, estava ajudando  o pedreiro sr. Onofre, que usavam “merda de vaca” na massa para dar acabamento nas paredes, se compararmos uma coisa com outra, seria o mesmo que usar cal para dar liga na massa nos dias de hoje.
Já o “Toninho Malamam” contou-me outra sobre os tempos em que na Fiação Amélia estava ativada, isto lá pelos anos de 1952. Disse que ele e mais outros colegas, sempre  no  horário em que saiam as funcionárias, que eram muitas,  principalmente as 22:00 horas, todos com intuito de arrumarem uma namorada.
Certa noite, ele e mais uns seis colegas, chegaram uns 15 minutos antes de dar o sinal, noite escura, enfim não tinha iluminação pública nesta época, eis que chega o delegado e mais uns praças (Soldado da Força Pública”), atual Policia Militar. E foi logo dizendo, o que vocês vieram fazer aqui. Todos calaram-se...
Disse o delegado: aquele que for  noivo, tiver compromisso com alguma moça, pode ficar, mas quem não tiver, façam o favor alinhem  aqui do lado. Disse o “Toninho” ao delegado que não tinha compromisso com nenhuma moça, e formaram uma fila de sete jovens sem namorada fixa.
E ai complicou a situação. Outros colegas deram no pé. Mas ele o “Toninho”, lembrou do que seu pai sempre falava: “filho seja lá o que for,  se você não deve não tema e não corra...”. E assim ele procedeu no momento em que o delegado lhe fez a pergunta.
Aqueles que tinham compromisso sério foram todos embora, e ele foi pra cadeia.
Arrematou a história dizendo que ficou  na cadeia pública quase três horas, atual Museu Histórico e Pedagógico “Prof. Flávio da Silva Oliveira”.
O delegado da época após enquadrar alguns jovens por ter ido na Fiação Amélia, foi até o bar do  "Fioravante Malaman", a procura de pessoas bêbedas. O delegado fixava uma lista de pessoas que estavam proibidas de beber no bar do Seo Fiore, se alguém da lista previamente fixada na parede do bar, estivesse  por ali, era mais um que iria pra cadeia, e acabou levando duas pessoas que estavam proibidas de beber.
O pai do Toninho dono do bar ficou preocupado, afinal seu filho não estava em casa, e perguntou pro delegado se o filho dele estava preso. Delegado respondeu que sim...





museu@portoferreira.sp.gov.br, 

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